20 outubro 2012

Fanfic Uma Paixão Eterna - Capítulo 2

Espero que gostem, comentem com opiniões, sugestões e dúvidas.

 

Capítulo 2 - A Clareira

 Palavras: 1.627
Edward abriu a porta do carro para mim quando chegamos – como alguém podia ser lindo, inteligente, educado e querer ficar comigo, os quatro juntos? – ao final do estacionamento, onde estava o Volvo prata.
No caminho, nós fomos ouvindo uma música desconhecida muito agradável. E quando estávamos bem longe, eu percebi que estava com uma pessoa que eu havia acabado de conhecer, indo para Deus sabe onde, enquanto deveria estar na escola. Aquilo não me parecia muito seguro... Eu e minha falta de noção quanto a adrenalina de fazer algo. Não sei bem o porque, mas eu não sentia medo, eu mal conhecia a pessoa que estava sentada ao meu lado, mas já confiava completamente nela.
Minha responsabilidade que restava me obrigou a ver o perigo e perguntar:
___ Então, para onde nós vamos? – tentei fingir ser despreocupada, mas deixando transparecer a ansiedade em minha voz. Eu não tinha medo, eu estava me divertindo e estava realmente curiosa para saber para onde iríamos.
___Eu quero te mostrar um lugar... É uma espécie de santuário para mim e imaginei se não iria te ajudar a... – ele se interrompeu, lembrando-se de algum modo que eu não poderia compreender do que ele estava falando e percebendo que falara demais.
___ Edward, pode falar, você acha que esse lugar ia me ajudar a o que? – eu perguntei, tentando ao máximo esconder minha ansiedade, minha curiosidade e meu nervosismo, não deu muito certo.
___ Bom, você me disse em uma aula de biologia, que sente falta de sua mãe e...  – ele soltou um suspiro e sua expressão ficou muito triste de repente, me senti culpada.
___ Ei, está tudo bem, eu não quero te deixar triste, não precisa dizer se não se sentir a vontade. – eu disse, em uma voz gentil, e um tanto agoniada pela dor em sua expressão.
___ Não, eu quero dizer Bella, eu também sinto muita saudade de minha mãe, mas eu nunca mais poderei vê-la novamente... – ele deu uma longa pausa e suspirou novamente. Sua expressão ficava mais triste a cada respiração – Minha mãe se chamava Elizabeth Masen Cullen e ela se matou no seu aniversário de casamento de 20 anos, os 20 anos mais sofridos de sua vida. Meu pai era alcoólatra e toda noite chegava bêbado em casa e batia muito em minha mãe. Eu queria protegê-la, eu deveria protegê-la... Eu era o filho mais velho de quatro, três meninos e uma menina. Eram todos muito pequenos, o mais velho deles era Emmett, que tinha 9 anos quando minha mãe se foi. Mas, ela nos trancava no quarto e fingia que nada estava acontecendo, enquanto eu enganava meus irmãos, cada dia com uma história diferente. Então um dia, quando minha mãe percebeu que eu estava sofrendo muito e que eu já tinha idade para cuidar de meus irmãos, ela se cansou...
‘Eu cheguei  em casa e havia uma carta em cima da mesa, ela me escreveu que não aguentava mais e que era hora de partir. Me disse que eu teria de partir com meus irmãos e cuidar deles. E ali estava eu, com 15 anos de idade, sem ter para onde ir e com três crianças para criar. Com dinheiro que minha mãe havia deixado, deu para eu vim até Forks, parando em pensões para descansar com meus irmãos. Aqui, nós fomos até a casa onde o primo de minha mãe mora, como ela havia orientado, com sua esposa e sua única filha adotiva. Carlisle, Esme e Alice nos receberam super bem, sempre nos trataram como filhos...
‘Mas, por mais que eu os ame e seja muito grato pelo o que fizeram por mim e meus irmãos, ninguém nunca irá substituir minha mãe. Eu era o mais próximo dela e nunca irei perdoar o homem que transformou sua vida em um inferno, que hoje é dono de uma empresa multinacional e ganha muito dinheiro. Ele já veio procurar por nós, mas eu avisei que ficasse longe de mim e de todos os outros da minha família.’’
Quando sai da triste história da vida de Edward, percebi três coisas: nós já devíamos ter chegado ao local onde ele iria me levar, pois estávamos parados; eu havia perdido totalmente a noção do tempo, pois já se passara mais de 2 horas; e nós dois, tanto eu, quanto ele, estávamos chorando.
___ Eu sinto muito – eu disse entre as lágrimas que escorriam por meu rosto. – Você não disse porque a escolha do lugar.
___ Uma vez, eu vim a Forks com minha mãe, só nós dois, e achamos uma pequena clareira de terra, inteira florida. E ela disse que se um dia tivesse sua liberdade, iria construir um pequeno chalé e morar ali, ela adorava aquele lugar. Eu vou lá sempre que não da para aguentar a dor. E como você também está com saudades de sua mãe, achei que entenderia, e resolvi te levar lá. – ele disse, ainda em tom tristonho, mas com um pouco mais de vida.
___ Olha, se você não quiser mais ir, ou, não quiser que eu vá, eu vou entender Edward. – eu disse rapidamente, para ter certeza de que ele queria mesmo me levar.
___ Bella, eu quero... Se você não quiser ir, tudo bem , mas... Por favor.  – seu tom suplicante me surpreendeu – Eu nunca mostrei, nem falei sobre isso com ninguém, mas eu sinto que você vai entender, eu sinto que eu posso contar a verdade em detalhes para você e irá continuar me tratando como alguém normal, só que eu me sentirei melhor, por não esconder nada. – eu precisava fazer alguma coisa para reanimá-lo, sua angústia me deixava agoniada.
___ Eu realmente quero ir, mas se não formos logo, não vai dar tempo – ele deu um sorriso tristonho e quando ia saindo do carro, eu peguei sua mão e ele olhou para mim – Edward, eu entendo – sussurrei baixinho, mas ele ouviu e deu um sorriso de gratidão e alívio.
Nossa caminhada passou rápido, eu caí algumas vezes, mas Edward sempre me pegava antes de eu encostar o chão.
Sua máscara de angústia e tristeza não saiu de seu rosto, mas eu fiquei feliz por não falarmos mais naquele assunto, assim eu não ouvia sua melancolia, apenas a via.
Ele me perguntou sobre cada detalhe de minha vida em Phoenix e eu respondia cada pergunta, torcendo para que o assunto não voltasse para sua vida, eu não aguentaria sua tristeza e desabaria.
Depois de uma hora de caminhada, nós chegamos a pequena clareira da qual ele falava, não era muito grande, mas era linda, inteira coberta por pequenas flores.
Eu pude ver a mudança nos olhos de Edward assim que ele avistou a paisagem, sua Expressão ainda era triste, mas havia um lindo brilho em seus olhos, e eu realmente entendi o que ele sentia, mesmo sendo muito diferente com minha mãe.
___ É realmente linda – eu estiquei os pés e sussurrei em seu ouvido.
___ Eu sei. – ele sussurrou em resposta – Vem, quero lhe mostrar mais uma coisa. – ele falou alto, agora mais animado, segurando minha mãe e me puxando para dentro da clareira.
Nós caminhamos um pequeno trecho em silêncio, de mãos dadas. Lá era possível ver o sol, pois aquela área não era coberta pela triste camada de nuvens que cobria toda a cidade de Forks.
Logo eu pude avistar um pequeno chalé, bem no fim do local.
___ Era isso que você queria me mostrar? – perguntei, apontando para o chalé.
___ É Bella, eu queria - ele disse dando uma ênfase estranha no final da palavra – Por favor, me perdoe... Eu achei que já estivesse pronto para isso, mas não estou. Esse chalé, eu construí para minha mãe, realizando seu desejo de quando era viva e todas as recordações que eu tinha dela estão aí. Me desculpe mesmo, mas eu ao estou pronto para te mostrar isso hoje.
___ Ei, está tudo bem, se você nunca quiser em mostrar, eu nunca vou ver, o importante é que você se sinta bem. – eu falei, tentando acalmá-lo. – Vem.
Eu peguei sua mão e o puxei, como ele havia feito comigo a minutos atrás. Eu deitei em cima das folhas úmidas pela última chuva e ele fez igual.
___É muito fácil ficar com você. – ele disse baixinho em meu ouvido, que estava bem próximo a sua boca – Qualquer um teria me pedido para entrar, por curiosidade e qualquer um estaria me tratando de modo diferente por pena – ele continuou, tornando sua voz triste demais para eu aguentar.
___ Mas eu não sou qualquer um – o interrompi por pura necessidade, eu não suportava vê-lo infeliz daquela maneira – Eu gosto de ficar com você – sussurrei  para ele, agora nossos rostos estavam bem próximos e na mesma direção. – Você é sincero, faz tempo que eu não encontro alguém assim.
___ Eu também acho ótimo ficar com você... Eu fui sincero e você não fugiu – ele falou, abrindo um sorriso que não chegou a seus olhos, mas ainda assim era lindo.
___ E porque alguém fugiria de você?
___ Todos se aproximam de mim, por minha beleza, mas depois que se aproximam de verdade e descobrem o mínimo detalhe sobre meu passado, passam a me tratar de forma diferente, e se afastam... Eu nunca falei tanto sobre isso quanto disse a você – ele falou e eu pude ver a sinceridade em seus olhos.
___ Eu não vou me afastar de você – falei baixinho.
Nós ficamos ali deitados em silencio por um bom tempo. Ás vezes nos tocávamos, eu tomei a liberdade de passar meus dedos pelos traços perfeitos de seu rosto e depois de um tempo, ele fez o mesmo. Era muito bom ficar com Edward, mesmo no silêncio, com ele, não era preciso palavras para preencher o tempo, apenas nós dois bastávamos.





Gostaram? Comentem por favor!!!!
    ...xoxo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...